Quando o Brasil perdeu para os Estados Unidos na final das Olímpiadas de Pequim, em 2008, Bernardinho falou que estava na hora de renovar a seleção brasileira. Essa renovação aconteceu e o resultado chegou mais cedo do que muitos imaginavam. Uma nova geração campeã está se formando, e ela não poderia ter começado melhor: com a conquista do octacampeonato da Liga Mundial.
Não foi fácil. Jogando em casa, com o estádio lotado, a Sérvia aproveitou os erros do Brasil e fechou o primeiro set em 25/22. No segundo e terceiro sets, o saque voltou a entrar, principalmente com Giba, Vissotto foi um paredão no bloqueio e o Brasil fez 2 a 1 (25/23 e 25/22). E se já não bastassem os erros no futebol, a arbitragem resolveu dar o ar da graça no equilibrado quarto set. Teve até reversão de ponto. Murilo e Sidão bloquearam o excelente Miljkovic, a bola bateu na cabeça do sérvio e o árbitro marcou ponto para os donos da casa. Bernardinho e os jogadores ficaram revoltados. Os delegados chamaram o árbitro e o fizeram reverter o ponto, para alívio dos brasileiros. Mas foi a Sérvia quem fechou o set em 25/23, forçando a partida para o tie-break.
No quinto e decisivo set, os sérvios chegaram a abrir 8 a 5. Mas nos ataques de Murilo e nos bloqueios de Vissotto, o Brasil encostou e logo passou a frente. E aí, com tranquilidade, a seleção só trocou pontos com a Sérvia até fechar em 15 a 12 e conquistar o título.
Bruninho e Serginho foram impecáveis. O levantador, distribuindo jogadas de extrema categoria, e o nosso “Escadinha” em dia de goleiro, defendendo tudo. Foi eleito o melhor jogador da competição. Giba foi o diferencial no saque brasileiro e preciso nos ataques. Vissotto, ou “Leandrão”, foi o maior pontuador, com nada menos que 29 pontos. Lucas e Sidão cresceram no bloqueio, e os reservas que entraram durante o jogo também foram fundamentais. Uma atuação de gala da nossa seleção, que agora tem os mesmos oito títulos mundiais dos italianos.
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